quinta-feira, 5 de junho de 2008

parte 7

Se Walter soubesse disso ele diria, Afudê Cao, tô virando um Constantine cabeludo.Bota lá no blog. Mas o fato é que o quê o meu avô me disse não é nem uma novidade para mim. Ao contrário, sou o responsável por isso, a legião é uma criação minha. Assim como toda essa trama é uma mutreta para eu pegar os mitos que conseguiram escapar do apocalipse criado por Egoncaos. São sete mitos. Santa Cecília e O Capa Preta são dois desses mitos. Os outros cincos deixaremos para depois.
A casa do exu Capa Preta era uma favela na vila Divinéia, no bairro Jardim do Salso. Conhecem a vila? Sabem do que eu estou falando? Aqui em Porto Alegre agitamos os segredos mais fechados no ocultismo, há portais para diversos mundos paralelos. Dizem que temos as senhas para abrir as portas para eles. Imaginamos a nossa realidade como um programa, é através dessas senhas que temos a possibilidade de conhecer outros programas. O Batuque é uma senha, cada orixá um código dessa senha. Egoncaos é um programa. Com ele, o Batuque deixa de ser uma senha e vira um programa. E o queco? Upgrade em todo inconsciente coletivo! O que pode não ser nada mal, mas eu tenho as minhas dúvidas. Acredito que uma realidade sem mitos e religiões, seria uma realidade mais humana, levando em consideração todo mal ocasionado no mundo com a religião e o fanatismo. Mas uma realidade mais humana, não significa ceticismo em Deus. Eu creio em Deus por que creio em mim. Eu sou Deus. E a natureza é maior que eu e contraditória é menor. Se não existir, eu não existirei. E se as minhas crenças não existirem, eu não existirei.
Há guerra mitológica nos tempos em que vivemos. É a terceira guerra, cada país querendo derrubar a imagem do outro, culturas sendo substituídas por planos econômicos, o mundo sendo substituído por globalização e indivíduo cada vez mais virando uma massa de números. É isso o que está acontecendo, mas esses seres imaginários que vivem na nossa cabecinha estão fazendo de tudo para essa nova era mudar. Meu Deus! Começo a ver onde foi que eu errei.

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